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A última taça de vinho, da última garrafa. Como se fosse a primeira...
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Ah, escrever em tempo de internet!
Nem sei se é em tempo de internet. “Tempos modernos”? Essa é uma frase antiga! O que é ser moderno? O antigo repaginado há alguma coisa a ser criada.
“Não há nada de novo sobre o sol” sentenciava o Eclesiastes livro da Bíblia, considerado por muitos como o menos judaico-cristão.
A questão que me move, é menos filosófica, e muito mais factual.
Escrevi há pouco um texto, “Eu sou neguinha?” quando publiquei num blog, usei imagens, citei músicas coloquei links para quem se interessasse ouvi-las, enfim que o leitor (se houvesse quem se interessasse), acompanhasse o desenrolar do pensamento.
Creio que ficou redondo (claro que não como uma “Jabulani” a bola da Copa).
Tão envolvente, que recebi uma resposta, de uma jovem, com uma intensidade que supera o texto. Ocorreu uma cartase, me emocionei. O objetivo de interagir foi cumprido.
Coloquei esse mesmo texto, aqui no Recanto das Letras, o texto sem as imagens, na minha visão crítica, ficou capenga, faltando parte.
Assumi o risco de vê-lo e expô-lo dessa forma.
Matutando pensei quanto estamos dependentes de imagens, sons, para complementação dos nossos pensamentos.
Há muito tempo, sou um aficionado de fotos. Apenas um amador (com o sentido primitivo: aquele que ama), vejo hoje quanto é importante as fotos que guardei. Imagens que com o texto, completam-se e criam algo novo.
Já vi umas análises, criticando os “tempos de Power Point”, onde o autor “sentava o cacete” que imagens sons empobreciam o entendimento, (esqueci o nome do autor, e onde li!).
Creio que existe certa razão.  Recebia de uma amiga, lindas mensagens, montadas em Power Point, textos profundos, cármicos, intensos... Respondi com a mesma emoção (fraterna), e não recebi respostas. Teimoso, tentei dialogar através de emails, com frases simples e nada.
Fui atrás da central de mensagens de “poweres points” eletrônicos. Concordei é tão fácil, enviar mensagens prontas, colocar email da pessoa e acabou.
Mas alguém fez os tais “poweres points” das mensagens, que são muito bons.
Tenho efetuado palestras em comunidades carentes, e usado imagens, sons, textos de Power Point, vídeos, e vídeos caseiros desses tremidos feitos com câmaras compactas digitais.
Têm funcionado, de tal forma que depois vi apresentações, vídeos usados, para ilustrar os pensamentos dos participantes dessas reuniões. Tornou se um efeito multiplicador.
Não sou especialista no assunto (alias sou especialista em nada), vídeos digitais, mas somente a observação dos participantes, os fez ousarem e criarem novas formas de expressão.
“Se ele fez, eu posso”. Devem pensar! Acho-me um péssimo professor, desmistifico o saber, vejo que o fácil, é a forma simples de ser apreendida. O professor estimula no momento que mostra suas deficiências.
Adoro ver o programa de culinária da Palmirinha (TV Gazeta SP), ela é tão atrapalhada, tão cheia de boa vontade, e o resultado das comidinhas dela saem apetitosos. Já me arrisquei a cometer alguns erros culinários... Ontem mesmo, nós... O pudim ficou médio.
Usar diversas mídias, mostrar as deficiências de execução, e partilhar as experiências.
Será que um dia vou fazer um “Vook”? (neologismo da língua inglesa = Vídeo + Book)
Nada de novo sobre o sol? Sinto-me um escriba egípcio desenhando hieróglifos. Ou um frei fazendo iluminuras em livros. Cheio de figurinhas...  
Hugo Ferreira
Enviado por Hugo Ferreira em 17/07/2010
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